Parte II de três artigos importantes sobre Freud, colaboradores e sua época e o porque a II Guerra se desenvolveu e mundialmente.
Lembra da parte final do artigo anterior (…)
Quando Freud expõe estes problemas das demais conferências e as classifica como sendo ‘peças de retóricas bem construídas’ ele nada mais e nada menos está fazendo uma crítica profundamente clássica e contra os ‘proibidores’ e ‘privadores’ que formam estes ‘doutos acadêmicos’ já a muito expostos por Descartes e em seguida Espinoza. [1] De certa forma levantando os mesmos problemas que Werner Jaeger expõe em sua obra Paidéia e que será editada em 1936, o problema arqueológico, da compreensão da clássica, dos próprios gregos e assim juntamente a isso criando uma certa cultura da formação moderna.
Parte II
Devemos levar em conta que em 1885, Dilthey quem continua imputando túmulo a um passado e obstruindo na própria ciência o ‘objeto’ da análise de Hegel e Descartes, a própria res corpórea, tem 52 anos e Nietzsche quem grita em sua obra o Anticristo ‘há de perecer, pois quem mais descobriu os caminhos dos hiperbóreos e no cimo desta montanha’ está prestes a morrer.
Então retomando Freud e necessitando ser um pouco redundante as suas observações e colocações sobre o meio ambiente daquelas conferências e época junto a relatos, estas observações detalhadas em seus escritos não são à toa, pois dizem respeito a já uma temática conhecida para ser mais aflorada junto a provas mais concretas dos problemas desta sociedade e seus fundamentos e que realmente precisa ser combatida entre aqueles estrangeiros médicos que parecem estar acordando salvo os das conferências e nisto incluindo Freud junto a Charcot.
Um ponto, uma prova é o suficiente para condenar os que mantem e constroem este caos e esta periferia, estes homenzinhos, uma periferia construída e por formação que continuará futuramente e por tradição nos desejos de Foucault e pior na ontologia de Heidegger mantendo Dilthey e Nietzsche nas expectativas juntamente a uma certa ‘glória’ da formação humana.
Freud em razão das condições espaciais e arquitetônicas não satisfatórias para as pesquisas que desejava sobre a ‘atrofia anatômica e degenerações secundárias em cérebros de crianças’ procurou se adaptar as necessidades buscando um novo tema ‘a medula onblogata’ ao passo que investe seu tempo no se aprofunda as observações dadas por Charcot, lembrando que Freud relata que mais tarde voltará as pesquisas sobre as atrofias (da anatomia).
‘…Charcot costumava dizer falando de modo geral…’, relata Sigmund Freud, ‘…o trabalho da anatomia estava encerrado e que a teoria das doenças orgânicas do sistema nervoso podia ser dada como completa: o que precisava ser abordado a seguir eram as neuroses…’ onde continua ‘…Sem dúvida, essa afirmação pode ser considerada como nada além da expressão do rumo tomado por suas próprias atividades….’, atividades neste caso de Charcot, pois o mesmo, diz nosso relator, por muitos anos se dedicou as pesquisas sobre as neuroses, principalmente histeria tanto em homens como em mulheres.
Tanto em ‘homens’ como em mulheres!
Notas:
[1] É impossível debater a psicanálise de Freud sem a compreensão clássica reclamada por Werner Jaeger em sua obra Paidéia e juntamente ao objeto fenomênico e arqueológico.
Conheça nossa Livraria Paradigma
-
O futuro de uma ilusãoR$17,20
-
Freud e a cocaínaR$44,72
-
A PSICANÁLISE DE FREUD EXPLICADAR$25,00
-
O Futuro Social de HeideggerR$92,21
-
História da Filosofia VII – De Freud a AtualidadeR$0,00