Antes da II Guerra Mundial P.I

Parte I de três artigos importantes sobre Freud, colaboradores e sua época e o porque a II Guerra se desenvolveu e mundialmente.

A partir deste ano de 2022 O Novo Paradigma (ONP) terá como foco o levantamento de artigos referentes ao problema de interpretação de Freud que sempre foi cartesiano, obviamente que junto a isto levantaremos não apenas problemas nas áreas da Psicanálise como também da Filosofia, História, Ciência, Física e muito mais.

De Freud: Relatório sobre meus estudos em Paris e Berlim (Outubro de 1885 – março de 1886)

Ponto de foco – estudos sobre neuropatologias em um momento histórico que visa aflorar estes conceitos nas áreas da ciência, levantamentos das doenças nervosas conceituadas como crônicas, Charcot, posicionamento dos alemães e alguns doutos.

Alguns breves levantamentos!

Nos relatórios de Freud de 1885 dois termos são de profunda relevância, na verdade três:

  1. A época onde aparentemente está ocorrendo um certo aflorar ou uma certa luz de descobertas e nas áreas da ciência juntamente a presença dos alemães, ingleses e franceses;
  2. O termo ‘doenças crônicas nervosas’ para definir um tipo de neuropatologia onde o valor do termo ‘crônica’ deve ser foco de observação e de suma importância as análises juntamente ao objeto que prova a história da civilização;
  3. A abordagem de Freud quanto as conferências dos ‘doutos’ envolvidos com o ‘borbulho de época’ e que no seu mais profundo como relata nosso ‘mestre’ apenas oferecem ‘peças de retóricas bem construídas’;

Vale ressaltar que a admiração pelo professor Charcot e por Freud não apenas diz respeito ao próprio avanço sugerido e ‘batalhado’ por este médico quanto as neuropatologias como também as observações imprescindíveis dos movimentos destes centros e as condutas que Charcot está propondo e ministrando a todo o custo e labuta para manter estes centros e as pesquisas de época, de uma época que já está aquecida entre os ‘doutos’ da nobreza ou das alturas e caminhando a uma Primeira Guerra Mundial.

Há um real problema social, 5 mil internos, ‘…Os edifícios foram afinal convertidos em lar de mulheres idosas (“Hospice pour la vieilesse (femmes)”, [1813]) e proporcionaram asilo a cinco mil pessoas. A natureza das circunstâncias fez com que as doenças nervosas crônicas viessem a figurar nesse material clínico com especial frequência…’ [1] e além disso uma negligência formadora sobre estes ‘homenzinhos’ futuramente citado em ‘O Mundo de uma Ilusão’ por Freud ao qual poderíamos traduzir como ‘humanos, pois sejam homens e mulheres, fadados a impotência perceptiva saudável sobre o mundo, sobre si e sobre o ouro’ o que abordará os futuros problemas de Foucault e suas defesas mantenedoras por privações formadoras da periferia dizendo ser esta periferia agora regulada pela lei da Essência da Filosofia de Dilthey de que ‘o homem não precisa do filósofo’ uma vez a filosofia não resolvendo os problemas da Psiquê.

Aqui então começam as abordagens de Freud da Psicanálise que para compreender o individual pressupõe a análise imprescindível e necessária do social, mas mais do que isso, pois do civilizacional e histórico responsável por formar a cultura.

Logo notará, porém, que o valor de semelhante investigação será depreciado de antemão por vários fatores. Sobretudo pelo fato de haver apenas poucas pessoas que podem abranger a atividade humana em todos os seus desdobramentos. Para a maioria, tornou-se necessária a limitação a um único ou a poucos campos do saber; porém, quanto menos alguém sabe do passado e do presente, tanto mais seguro será o seu juízo sobre o futuro. (FREUD, 2010)

Importante salientar que exatamente por isso Freud não se detêm em explicar todo o ambiente na conferência de 1885 de forma a compreendermos que ele já possui uma ‘linha de raciocínio’ ampla quanto aos problemas da cultura e seus fundamentos, da futura Paidéia abordada por Werner Jaeger, todos clássicos continuando as defesas de Descartes. (MOZENA, 2019)[2]

Note que as ‘peças de retóricas bem construídas’ não parte de uma crítica de alguém inflado em seu ‘ego’ crítico e genial como um artista mirabolante ao qual acredita estar em sua mais elevada expressão criativa.

Abandonei minhas eventuais tentativas de assistir a outras conferências, depois de haver-me convencido de que tudo o que elas tinham a me oferecer eram, na sua maior parte, peças de retórica bem construídas. [3]

Quando Freud expõe estes problemas das demais conferências e as classifica como sendo ‘peças de retóricas bem construídas’ ele nada mais e nada menos está fazendo uma crítica profundamente clássica e contra os ‘proibidores’ e ‘privadores’ que formam estes ‘doutos acadêmicos’ já a muito expostos por Descartes e em seguida Espinoza. [4] De certa forma levantando os mesmos problemas que Werner Jaeger expõe em sua obra Paidéia e que será editada em 1936, o problema arqueológico, da compreensão da clássica, dos próprios gregos e assim juntamente a isso criando uma certa cultura da formação moderna.

Notas:


[1] LÊ LIVROS. Obras Completas Sigmund Freud. LeLivros.info

[2] Das defesas do objeto de domínio fenomenológico e arqueológico.

[3] LÊ LIVROS. Obras Completas Sigmund Freud. LeLivros.info

[4] É impossível debater a psicanálise de Freud sem a compreensão clássica reclamada por Werner Jaeger em sua obra Paidéia e juntamente ao objeto fenomênico e arqueológico.

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    Author: paradigma

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