O abuso do subjetivismo antes da I Guerra Mundial

O que seria o abuso do subjetivismo?

Ora, o abuso do subjetivismo seria nada mais e nada menos que o abuso do mentalismo. Notemos que esta forma de ‘Ser’ já estava evidenciada na época de Machado de Assis e aqui no Brasil, na verdade, estava tomando suas raízes e parece que bem firmes, ao contrário, creio eu não seria tão notada.

‘…Mas é tempo de irmos diretamente aos poetas. Vimos que há uma tendência nova,
oriunda do fastio deixado pelo abuso do subjetivismo e do desenvolvimento das
modernas teorias científicas. …’

A nOVA GERAÇÃO – Macado de Assis

Mas, e esta perceptiva é muito importante, o abuso do subjetivismo não era uma reclamação de Machado de Assis e apenas brasileira, pois o mesmo já era uma Ordem pré-determinada por Dilthey alimentado pelo idealismo de Fichte e idealismo mágico toda uma sociedade.

'...No Henrique de Ofterdingen, é ainda Novalis quem escreve: "Toda cultura leva aquilo que não se pode chamar senão de liberdade, porquanto com esse termo se deva designar não um simples conceito, mas o fundamento operativo de todo o ser. Essa liberdade é magistério. O mestre exerce plenos poderes, de modo planejado e em sequência bem determinada e mediada. Os objetos de sua arte são de seu arbítrio, pois ela não é limitada ou impedida por eles. E precisamente essa liberdade, ou magistério ou dominio, constitui a essência e o fermento da consciência. É nela Que se forJa a individualidade sagrada, a ação imediaia da personalidade. E cada ato do mestre é, ao mesmo tempo, revelação do mundo superior, simples e explicado, é palavra de Deus." Fichte fará da liberdade o fulcro do seu sistema, e o próprio Hegel verá na liberdade a essência do espirito....' (REALE, 2005)

Vamos nos basear apenas nesta passagem de Giovanni Reale que em nossa modernidade resgatou toda a base dos problemas da segunda navegação platônica corroendo, corrompendo e ocultado a Res Corporea defendida por Descartes e compreendida por Hegel, mas diferente de Fichte que também conhece a cartesiana, Hegel defende a mesma como essência a todos na compreensão e perceptiva.

Aqui então começa o idealismo mágico alimentado pela luta do subjetivismo/mentalismo e social mundial por formação. Na verdade é uma sempre tentantiva nesta Guerra dos Céus, entre os grandes pensadores, e apenas com uma finalidade: monopolizar poder colocando a túmulo nosso passado e a cartesiana descrita detalhadamente na Obra Elementos de Euclides que deve ser incompreendido em plena era moderna como estudo de um módulo triangular.

Bom, notemos que diferente de Fichte que defende como liberdade um sistema pré-determinado, protocolado e pontual, Hegel defende a liberdade pela essência do espírito, mesmas defesas de Descartes quando solicita que doutos, teólogos, o próprio povo busque na arqueologia compreender pela eversio o seu passado e a própria geometria e todo seu verbo. Não apenas a geometria é importante como a compreensão dos hieróglifos, futuras defesas de Freud. Compreender isso é essencial para o espírito que é a elevação de uma alma por saber, a elevação da própria consciência por não estar acorrentado como Prometeu que roubando o fogo dos Deuses não sabe nunca de onde ele veio.

Fichte não determina isso como saber, ao contrário, ele diz que a cultura pontual é a essência deste elevar-se, desta liberdade e assim basta focá-la e apenas nela, afinal de contas, o trabalho de manutenção da mesma deixe a nós e colaboradores.

Alguma semelhança com nossa modernidade?

A Nova quântica determina que além de focarmos nossas buscas pela área septal sem julgamento, ou seja, deseje que tudo funcionará como se quer, devemos acreditar firmemente que passado não existe e consequentemente ignorá-lo.

Alguma semelhança com a época de Machado de Assis e Dilthey determinando que a Psicologia não precisa de Filosofia e mesmo elevando Platão o corruptor da própria filosofia?

O Idealismo Mágico

Para entendermos este Brasil que esta sendo desestruturado e reclamado por Macado de Assis nada melor do que sempre recordarmos termos que nos parecem novos, mas sempre foram velhos.

Nos parecem novos, pois estamos pela Grande Hipnose desestruturados, pontuados em uma época, analisamos ciência sem nada realmente saber de Sociologia, pois a propria Sociologia se afundou por causa dos problemas dos abusos subjetivistas e mentalistas. O empirismo é o grande colaborador deste feito e principalmente quando define pela ontologia de Heidegger que a matemática não existe e Descartes deve ser literalmente jogado fora, senão você nunca será um discípulo deste Mestre Genial.

'...Tomando os movimentos do idealismo de Fichte, Novalis (Friedrich von Hardenberg, 1772-1801) elabora a concepção do idealismo mágico, o qual divisa a verdadeira magia na atividade inconsciente produtora do eu que gera o não-eu: a verdade reside no substrato mágico do real, ou seja, na fábula, no sonho e na poesia...' (REALE, 2005)

Alguma semelança com Jung?

Ora, Freud não se baseia e apenas no sonho juntando as associações livres e no esboço da Psicanálise para compreender, atender e gerar em seu paciente a catarse do problema, ao contrário, juntamente com Wundt (estruturalista) Freud utiliza e cartesianamente o fenômeno sonho para compará-lo aos fenomenos do disturbio, pois da mesma forma que uma psicose aumenta uma realidade, o sonho o faz.

O sonho é então uma das infinitas ferramentas da Psicanalise para compreender pelo método indutivo de Wundt o Inconsciente. Entenda, Freud pega o método indutivo de Wundt que analisava pelo comportamento da pessoa a Conciencia e o utiliza em clínica para encontrar os campos do Inconsciente. E onde está o inconsciente de Freud? No sistema psiquico relacionado ao Sistema Limbico e nucleos de base ao qual se predispoe como c[erebro primitivizado, pois age sem a necessidade de ulgamento consciente.

O idealismo mágico não prõpoe este caminho futuro e freudiano, ao contrário, diz que basta a fábula, o sonho para encontrar a verdade. Este é, então, o caminho da psicologia mentalista e da Psicanálise não-freudiana, mas reinventando um Freud em razão dos problema de Jung em nossa modernidade.

Como cientistas e por empirismo baseado por ordem e protocolos em Fichte, não podemos realmente compreender onde está o Inconsciente, o que realmente é o Inconsciente Coletivo, a Grande Neurose, a Grande Hipnose e quanto mais aquele estranho valor ‘Q’ do Proeto de Freud e simplesmente porque o ‘passado não existe’ e a liberdade esta pontalmente e com nossos olhos sobre a cultura, afinal de contas somos os protagonistas.


Referência

REALE, G. ANTISERI, D. História da Filosofia 7 de Freud à Atualidade. São Paulo:Paulus, 2008.

REALLE, G. História da Filosofia Antiga Vol.III. Edições Loyola. São Paulo, 1991, 9ª. ed.

REALE, G. ANTISERI, D. História da Filosofia 6 Do Romantismo ao Epiriocriticismo. São Paulo:Paulus, 2005.

ASSIS, Machado de. A Nova Geração: Obra Completa de Macado de Assis. RJ: Nova Agular, vol.III, 1994. Revista Brasileira, vol.II, dezembro/1879.


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Author: paradigma

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