Matar esta certo e então o que devemos matar!

Continuando as abordagens de Freud sobre as relações do homem individual e seu coletivo juntamente a todos os problemas formadores vamos compreender rapidamente como nascem a moral e como o Estado Coercitivo com o ‘patrimônio psíquico’ a manobra.

Temos uma estrutura natural e dada ao nosso corpo que nos torna seres por natureza criativos 1 onde compreende-se que em certos aspectos vitais a coerção é um fator necessário a esta estrutura humana, pois se não há na natureza racional do homem a coerção em si mesmo e no coletivo, impulsos como o assassinato, mentir que no espaço tempo geram consequências não há o movimento e reflexão, mas isto não quer dizer que havendo o mal devo praticá-lo 2. Note a diferença de reprimir (coerção) um fator lógico no tempo espaço e por vigia e sofrer coerção (repreensão) de sistemas que se contradizem em si como o fato de ‘não matarás’, mas se tiver que matar por mim o farás. Não importa a priori onde esta forma de pensar do homem teve início bastando apenas considerar o fato deste mesmo homem ‘apenas’ existir, mas quanto a este exemplo poderíamos analisar da seguinte forma: na prática ele reconhece e percebe que a morte é um estágio do fim da matéria e matando se dá fim a matéria e que ele mata e neste caso como mataria alguém que o avizinha e o faz bem? Logo isso seria uma razão lógica e coercitiva em si benéfica, pois traria a ele o equilíbrio necessário à sua própria existência. Note que neste exemplo junto a experiência clara e natural nasce o primeiro estágio ‘não primitivo’ e formador por juízo da ‘moral’. A questão então não é o problema da coerção e exposto por Freud, mas a cultura que manobra processos da coerção pelo patrimônio psíquico de forma a imputando leis diversas desfrequenciar a razão pelo excesso de transbordar emoções criando agora as infinitas potências de neuroses3.

Então, o prazer é o ponto chave do ‘patrimônio psíquico’ e como o ato sexual é um fenômeno de prática que proporciona mais prazer que razão no seu momento de gozo, atingi-lo é manter as emoções a flor da pele, seja pelo recalque, pela sublimação em processos diversos da inversão gerando e alimentando o supereu das neuroses e tão quanto narcísico. Então o ato natural da coerção e pela cultura, a acultura, conforme relata Freud deixando de ser compreendido passa a ser pela grande hipnose formadora uma manobra, uma ferramenta midiática e de formação constante através de vários sinais não-uniformes o que na modernidade deverá ser intensificado por Heidegger e sua ontologia aplicada e por isso ‘…Um número imenso de homens aculturados, que recuaria horrorizado diante do assassinato e do incesto, não se priva de satisfazer sua cobiça, seu gosto de agredir e seus apetites sexuais; não deixa de prejudicar os outros por meio da mentira…’. 4

Notas:


1  Das ciências naturais e Chomsky conforme seu debate com Foucault ‘Debate: Noam Chomsky & Michel Foucault – sobre a natureza humana’. Youtube < https://www.youtube.com/watch?v=2ZlzoWBVqkE&t=10s>

2  Defesas de JJ Rousseau.

3  E por isso em provérbios se diz claramente, o manuscrito que carrega este hieróglifo arqueológico, a res corpórea, ‘tolo de quem ouve o coração’.

4  “Se Deus está morto tudo é permitido – Dostoievski. ” Outra frente reflexiva potencial é perceber que “Não há sacerdócio e nem púlpito para formar o homem que deverá ser Senhor de si em um sistema que se retroalimenta dignamente entre maiores e menores” e conforme a Ordem de Melquisedeque, caderno de Hebreus do Manuscrito Bíblico. A Ordem de Melquisedeque carrega o objeto, taça, res corpórea e não oculta a sua realidade na formação de ninguém, nenhum homem, de forma a este homem compreender a coerção e sua necessidade em prática durante seu estado vital, seja coletivo, seja individual. Ora, certas coisas realmente precisamos reprimir! Note que dado o ocultamento do objeto arqueológico e sua compreensão e sobre uma formação seja espiritual corrompida, seja cientifica impotencializada, a lei que deveria ser regulada quanto a sistemas que deveriam ser por lógicas naturais e de coerção naturais, não são, pois não se conhece o objeto e a lógica da vida, e assim tudo se torna confuso e deformado na língua conforme Saussure colaborando com Freud como por exemplo o ‘não mataras’ que só fará sentido e por este patrimônio psíquico a sistemas pontuais onde sofrendo o estranho coletivo a mágoa do grande homem deve este individual da periferia deste coletivo e por coerção agora ‘matar’. Mas a regra não era e desde tenra idade ‘não matarás’? Mesmo na moral da ciência? Veja que sem compreender a relação vital das ciências naturais, nascimentos claros das ciências morais e espirituais e conforme exposto por Gadamer dado o problema de regularidade, legalidade e uniformidade de Leibniz se permite nesta agora confusão outras ações que deveriam em si ter coerção, pois se se mata em guerra em algum dado momento, carpe diem, porque não mentir, a vida é assim mesmo, mas a vida de nós ‘estes humanos’ (?). A cultura destes proibidores, todos e puramente homens, que privam o objeto e toda a lógica das ciências naturais para compreender as morais e espirituais não se preocupam realmente com isso e por isso serão estes os narcísicos de Freud em seu status quo mais elevado de neurose tendendo a uma já psicopatia e total apatia pelo irmão que deverá se tornar a ‘periferia mantida assim por Foucault’ e nas defesas. Em suma, a sociedade a priori por esta formação está podada e prejudicada apresentando pontos na periferia e pelo individual cada vez mais patológicos e intensos na expressão de si e por desfrequência criando uma retroalimentação de supereus sem precedentes sobre os próprios processos histéricos e neuróticos sejam nas ‘crenças’, sejam na falha ciência como as atuais ‘Filosofias Clínicas’ que na aplicação cheias de estruturas se declaram estranhamente sem estruturas.

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Author: paradigma

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