Como isso acontece e na ciência?
No decorrer do nascimento da Gestalt e conforme Reale (2008) ocorre um destaque das pesquisas do atomismo e do associacionismo para se predispor as buscas do ‘pensamento sem imagens’, o próprio e futuro manifesto de Heidegger e sua presença quando atado a uma não-causualidade fenomênica de Kohler define esta possibilidade, mas a verdade é que a Gestalt esta atada ao funcionalismo e as estruturas para ser e cartesianamente tão quanto na sua imanencia de produto totalizante para emanar algo. 1
Note, Demócrito e conforme Reale (1991) explica a ideia do objeto através de um universo atômico não visto pela óptica humana, mas compreensível no verbo da ‘candeia’ 2 sendo material e concreto da forma, e isso é tão real que hoje trabalhamos este universo nanometricamente. Nesta compreensão poderíamos e cartesianamente analisar que a ‘e’manência atômica, a energia manifesta de sua realidade é então a forma do pensamento, e isso apenas a cunho de comparação de campo para compreendermos estes processos, onde fenomênicamente não é pensamento sem imagens se considerarmos o que o átomo emana de si, e, por isso e fenomenicamente o próprio pensamento é imagem que emana uma substancialidade em si mesmo como essência, a tal melodia, mesmo que não produza forma, pois pensamento, um corpo pensamento e que é um campo de energia que é menos denso que a imagem a inserindo em si, em seu corpo de nome pensamento, e ao mesmo tempo este corpo pensamento mais denso que o abismo que possui profundidade em nossa espacialidade tempo-espacial ao qual e agora como abismo é menos denso e pesado que esta ‘e’manencia atômica da imagem do nosso exemplo, o pensamento, e por isso neste sistema de comparação se torna para o espaço, o próprio espaço, o pensamento como corpo mais denso e na comparação com o abismo, espaço, pura matéria.
Energia é então matéria tão quanto matéria energia. 3
Nenhum pensamento é mentalista, ele tem forma, corpo e na comparação com o que o sustenta, a substancialidade menos densa, se torna puro fenomeno material. Inversamente, o pensamento comparado como corpo ao nosso corpo material é emanência.
Tentando ser mais simplista imaginemos a essência melodia sem forma e que sai da nota musical que tem corpo, pois uma imagem, um símbolo uma representação e que sai de um instrumento material unido as mãos do tocador, o músico. Note que a melodia não tem como ser representada por escrita e neste caso mesmo não tendo uma representação escrita forma fenomenicamente em si mesma seu corpo, tem um campo e dela mesma, a melodia ao qual saindo de seu campo de ser deixa de ser melodia se tornando outro evento ou coisa que não mais ela. 4 Perceba que quando você fala ‘melodia’ todo o seu sistema psíquico forma um campo de ‘ideia’ do corpo melodia e mesmo que não consiga expressá-la em um papel junto a símbolos escritos. Você se percebe profundamente quando pensa em melodia e praticamente vê sua densidade de existência sobreposta ao espaço, abismo, dentro de sua mente, que seja.
Compreendendo o corpo melodia e mesmo que melodia seja melodia, um fenômeno independente, é a melodia dependente de uma causualidade que a antecede e assim fenomenicamente e como é nosso universo tudo é causualístico onde pela causualidade, parido este qualquer corpo se torna independente.
Este princípio e conforme o objeto parte da seguinte matéria de análise, o Apeíron, a substancialidade maior que as partes é resultado das partes ao mesmo tempo em que pari todas as infinitas partes que compõe 5. Metafísica de movimento e corda. Nesta condição sempre que tentamos alcançar o fim ele passa a ser o começo se distanciando quase que infinitamente e instantaneamente do ponto de alcance final e ponto inicial da tentativa. Esta perceptiva cartesiana e importantíssima e que também está universalmente sobreposta a ideia de forma ou imagem sem formas nos mostra e sobre o espaço tempo que a melodia se dissipa em partes na substancialidade quando deixa de ser melodia em razão do músico parar de tocar o instrumento e proferir suas notas. Antes de analisarmos a melodia que de uma funcionalidade, estruturalismo, causualidade se torna um corpo independente vamos analisar toda sua mecânica.
Primeiro, o músico que é a pessoa pega um instrumento e que poderá ser sua própria corda vocal, mas neste caso vamos utilizar um piano, e no piano toca a primeira nota do instrumento que vibra uma corda, a corda emite um som, um sopro de som que bate no ar que possui poeira, moléculas de água etc., este som se dissipa em ondas e é mais denso que o ar como corpo, o som é ainda da nota emitida, enfim, o músico toca outra nota que agora vibrada cria um outro corpo no ar e como onda de forma a sua onda atingir a última parte da onda da primeira nota emitida e que mesmo não tocada ainda tem seu som sendo percebido na massa ar, a junção destas duas notas e no ar começa a formar por elos de onda a melodia, seus acordes a priori, ritmo, etc. Pensemos assim, que este músico tocou e desta forma por mais de 3 minutos e que após 3 minutos parou, cessou de tocar suas várias notas que se debruçaram do ar entre ondas e ganchos de nota com nota formando a melodia, desta forma ao cessar sua mecânica de tocar a nota, a última nota tocada ainda tem sua corda vibrando e soando onda de som para o ar onde esta onda está se confrontando com a última onda já quase sem som da penúltima nota e assim terminando e por último a melodia de soar sua forma e no ar. Neste caso enquanto a melodia está sendo ouvida nosso músico já está fechando a porta da sala (…)
Notas:
1 Importante ressaltar que a essência como por exemplo, a melodia da nota é um corpo manifesto e como corpo e dele mesmo tem sua substancialidade e que participa como corpo menos denso que a nota, mas sobreposto metafisicamente a mesma inserindo-as em si e por gancho a algo que os sustenta, a agora substancialidade e o que poderíamos denominar Apeíron sustentado pelo indeterminado imediato hegeliano e tudo claramente expresso e representado na cartesiana, objeto arqueológico. Desta forma a essência como melodia que sobe como nuvem da nota mais material que sai de um processo mecânico de manobra entre o homem que pensa e instrumento é a priori imanência, mas uma imanência diluída de uma associação que no tempo-espaço se torna dissociada para seu puro momento vital e de expressão de ser dado o movimento. Pensando nisso e através da compreensão cartesiana a priori desta representação, na morte da melodia uma vez que a mecânica do produtor cessa, para onde vai sua essência que se manifestou no tempo espaço e sobre a substancialidade, Apeíron? Importante esta perceptiva, pois na representação cartesiana do campo ‘logos’ unido a estes elementos de análise: consciência, imaginação, inconsciente, intuição empírica kantiana que não participa da consciência ou mesmo intuição ampla mais Apeíron trabalharemos suas relações e correlações. Obviamente que antes disso apresentaremos o fenômeno melodia em seu todo corpóreo entre outros aspectos imprescindíveis a fenomenologia do objeto. Notar que a essência diluída da melodia que é essência também manifesta que se dilui corresponde a uma causualidade fenomênica sutil de corte em anel que alimenta e aquece o próprio Apeíron, substancialidade, inserido no ’indeterminado imediato hegeliano’ é de uma perceptiva e analise indispensável. Para tanto seria interessante abordarmos a parte e em outros artigos mais específicos ‘Do estudo do fenômeno’ apesar de trazer brevemente neste conteúdo.
2 Os tais hieróglifos freudianos, a própria res corpórea de Descartes.
3 Perceba que confundir este módulo é levantar o totem de culto a energia como seguimento formador através de promessas espirituais. Compreender a energia é diferente de cultuar energia e de tal forma que a compreendendo reconhecemos a verdadeira prática espiritual e seus manifestos reais juntamente a intuição ampla.
4 Melodia é melodia, nota é nota, imaginação é imaginação, intuição ampla intuição ampla, etc.
5 No módulo é uma explosão e implosão de relação ao mesmo tempo criando no quadrado da distância o que percebemos como singularidade só que neste caso e em uma perceptiva tempo-espacial, o nosso presente. O que quero dizer é que o nosso presente é um sistema tempo-espacial que tem sobre si passado e futuro e o tempo todo como dobras.