É imprescindível que o psicólogo e psicanalísta tenha em mente esta métrica cartesiana e das leis universais explicadas pelo Pai da Psicanálise, Freud.
Não é à toa que Freud usa Dora para explicar boa parte da Psicanalise.
Veja, entre tantas pessoas atendidas, Dora será a pupila dos olhos de Freud. Isto tem diversos motivos e um deles é o explicar os ‘transferts’, as vicissitudes destes Transferts do Estado de Distúrbio através de um outro módulo cartesino e quádruplo, a pressão, finalidade, objeto e fonte.
Conforme Freud a histeria de Dora tem inicio em uma ‘pressão’ causada pelo ‘pai’, uma pressão que nutre em Dora um ‘ideal objetal’, o ciúme.
Este ideal objetal projetivo e sobre o pai tem uma finalidade e a priori, que é o objeto de defesa, de escape da dor que Dora sente pelo pai que quase colocou uma doença mortal, uma doença venérea em sua mãe.
Este objeto de ‘dor’, angst, gera em Dora uma ‘fonte’ e que a alimenta dia a dia, uma fonte que a pressiona e a obriga a amplificar mais e mais o ciúmes projetado para seu pai que sempre está ali, presente.
Bom, a frequencia e período desta ‘dor’ fará com que Dora aumente cada vez mais os índices de hipervalencias e hipercatexias cerebrais hiperaquecendo este sistema causando dificuldades sobre as FEs (Funções Executivas) do pensar, da cognição e até do sentir.
Esta pressão e por fonte cada vez mais intensa de ansiedade gera a histeria e se na histeria esta pressão por frequencia e período vital não cessa gera em sua fonte métrica o finalmente ‘Transfert do Estado de Distúrbio’, neste caso Dora de histérica passa a se tornar uma neurótica obssessiva e criando como Freud diz um novo comportamento, o da bissexualidade.
O ciúme de Dora sobre o pai e por fuga da dor a levou a uma obssessão tão grande que na obssessão do ciúme inicia uma nova criação de defesa interna, a de não se deitar com nenhum homem ou talvez sim, se deitar, e assim sucessivamente (…)